sábado, 7 de março de 2015

O legado de Sérgio Rodrigues.


Em setembro de 2014, um dos maiores nomes do design brasileiro, o arquiteto e designer carioca Sérgio Rodrigues nos deixou na saudade. Após complicações causadas por um câncer na próstata, ele morreu em sua casa, no dia 1º de setembro. 


A notícia entristeceu familiares, amigos e milhares de admiradores. Considerado como um dos mais importantes criadores do móvel moderno no Brasil, Sérgio foi responsável por elevar o design de mobiliário brasileiro aos mais altos padrões de criatividade, sem perder a riqueza da brasilidade. Criador de uma grande variedade de peças, seu trabalho é reconhecido internacionalmente, ao lado de Joaquim Tenreiro e José Zanine Caldas.
Os arrojados móveis que Sérgio Rodrigues desenhou em uma longa carreira de mais de 60 anos deram a ele o título de artista da madeira. A poltrona Mole, feita de jacarandá e couro, venceu em 1961 o Concurso Internacional do Móvel de Cantù, na Itália, primeiro grande destaque do designer que lhe rendeu o reconhecimento internacional.
Para quem não está familiarizado com o trabalho do designer carioca, ele usava madeiras nativas em suas criações. Cada peça não tinha apenas tinha um traço único como era um resgate histórico do espírito da mobília tradicional. Outro elemento forte em seu trabalho é a presença dos aspectos do Brasil indígena. A combinação desses elementos era o segredo por traz de obras tão fascinantes. Muitas de suas peças foram escolhidas para integrar o mobiliário do Palácio do Planalto, do Itamaraty e da Universidade de Brasília, entre outros.
Outras famosas criações são a poltrona Tonico (1963), feita para a empresa Meia-Pataca, com cintas ajustáveis e almofada para apoio do pescoço. Também a poltrona Leve Kilin PL-104 (1973), premiada pelo Instituo de Arquitetura do Brasil em 1975. Uma de suas ultimas criações foi a poltrona Kiling, trabalho dedicado à esposa.
Poltrona Mole

Poltrona Tonico

Poltrona Kiling


Confira mais projetos em: http://www.sergiorodrigues.com.br/

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